Capitólio

Helen Farias
2 de jan. de 2017
4 min de leitura

Quem nunca se maravilhou com uma foto dos famosos cânions de Capitólio? Foi uma dessas fotos que atiçou minha curiosidade pelo local e a vontade para conhece-los. As férias do final do ano foram usadas para enfim tirar do papel a tão sonhada viagem até lá. Saindo do Rio de Janeiro são mais de oito horas de viagem, é estrada que não acaba mais, saímos às oito horas e chegamos por volta das 17 horas (contando com a parada para almoço). Na ida passamos por cinco pedágios que totalizaram o valor de R$ 39,90.

Como nosso período de férias era de três semanas e ainda queríamos ir para Búzios e Ilha Grande encontrar um hotel disponível na semana que tínhamos disponível para Capitólio foi difícil, entrei em contato com uns dez hotéis da região e todos estavam lotados nas duas primeiras semanas de Janeiro, foi então que encontrei vaga no Obbá Coema, bem próximo aos outros hotéis e aos principais lugares que queria conhecer. Não foi a opção mais barata mas era o único que tinha disponibilidade na data que eu queria, fechei tudo com eles por e-mail e tive que fazer o depósito de 50% para garantir a vaga. O que eu gostei no hotel é que ele é meia pensão, café e jantar, assim você não precisa sair do hotel para procurar um lugar para comer à noite.

No primeiro dia de viagem não fizemos nada, pois o horário que chegamos já não possibilitava fazer nada que estava no nosso roteiro e estávamos mortos de cansados. Para o dia seguinte eu já tinha acertado por whatsapp o nosso passeio de lancha pelos cânions, ele foi indicação de um amigo que fizemos quando viajamos para o Atacama, o Carioca é muito gente boa e já trabalha com esse passeio há mais de 20 anos, no final do post coloco o contato dele. O ponto de encontro dele é bem em frente ao Restaurante do Turvo, é de lá que saem todas as lanchas que fazem esses passeios. O passeio durou duas horas e custou R$70, vale muito a pena não deixem de fazer.

Quando voltamos do passeio o famoso Restaurante do Turvo estava com fila e foi aí que lembramos que tínhamos passado por outro restaurante, logo ao lado, o Águas de Minas, vazio e com comida e atendimento maravilhosos. Após o almoço partimos para a segunda programação do dia que era a Trilha do Sol, eu não sabia mas a Trilha do Sol também é uma pousada e você paga pelo dayuse (R$35), podendo curtir o restaurante e a piscina também além da trilha em si. Você vai ver uma placa na MG 050 informando a entrada para a Trilha do Sol, após entrar no local indicado você percorrerá mais 1 km de estrada de terra. Ao chegar falamos com o responsável pelo restaurante e ele explicou todo o trajeto a ser feito, o nome dos lugares e o tempo a ser gasto no percurso todo, segundo ele são 4km de trilha e três lugares a serem visitados: No limite, Cachoeira do Grito e Poço Dourado, confesso que achei o caminho mais longo do que 4 km mas acreditem vale MUITO a pena.

A primeira parada foi o No Limite, um poço lindo que no dia que fomos não estava com a água tão gelada, esse caminho é o mais extenso então prefira fazer ele primeiro. No meio do caminho você verá uma placa escrito Mirante, vá pois vale a pena.

Depois pegamos o caminho da Cachoeira do Grito, você chega no poço que antecede a cachoeira e para chegar até ela precisa fazer uma mini trilha, nós ficamos na parte de cima mesmo, pois estávamos com bolsa e aparentemente não tinha aonde deixa-las na parte debaixo.

Partimos então para o último destino, o Poço Dourado, nele você pode acabar caindo em uma pegadinha, você chega em um poço bem agradável e raso, eu ficaria ali o dia inteiro, mas há uma placa em uma árvore que diz "Poço Dourado 80m", é aí que você seguirá a placa, entrará em um corredor para chegar até a cachoeira, coloque a mochila bem no alto pois você passará por um trecho onde ficará submerso até a parte da cintura (no meu caso que tenho 1,63m), depois dessa pequena caminhada em um chão todo de pedras que acabará com seu pé, se puder vá de chinelo ou crocs, eu estava de tênis então tive que ir pagando os pecados.

No dia seguinte íamos fazer o Paraíso Perdido, mas choveu na noite anterior fazendo com o que o lugar fechasse. Achamos o caminho pelo mapa do google, é um pouco afastado dos principais pontos turísticos do local mas nada absurdo. Com essa mudança de planos fomos passear na Usina de Furnas, no mirante e passamos de carro por cima da barragem, depois fomos até o famoso mirante dos cânions, que fica entre o km 312 e 313, você vai ver os carros parados e não tem como errar.